O
triste abandono da Apologética.
Autor: Thiago A.
Borges de Azevedo
Afirmação comum: Muito se afirma que hoje, na nova evangelização, a Apologética não é mais necessária, que devemos evitá-la, que antigamente toda a explicação sobre Doutrina se resumia em perguntas e respostas e, isso hoje não se sustenta, as pessoas não se contentam mais com isso e a nova evangelização supriu essa necessidade atual do Século XX / XXI.
Afirmação comum: Muito se afirma que hoje, na nova evangelização, a Apologética não é mais necessária, que devemos evitá-la, que antigamente toda a explicação sobre Doutrina se resumia em perguntas e respostas e, isso hoje não se sustenta, as pessoas não se contentam mais com isso e a nova evangelização supriu essa necessidade atual do Século XX / XXI.
Analisemos: Não é 100% verdadeira essa afirmação, pois, o que se resumia em perguntas e respostas, na verdade, era o Catecismo da Igreja e não os ensinamentos dos Santos (centenas de livros) e os muitos Documentos Oficiais do Magistério Sagrado.
A
Igreja sempre, desde os primórdios, se preocupou em dar explicações sólidas
sobre a fé, em Concílios e com a Apologética em defesa da fé, baseada na
Bíblia, na Tradição, na Patrística, na Escolastica etc..
Poderíamos citar vários exemplos da História, vamos a alguns: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Santo Afonso de Ligório, São Cipriano e muitos outros que explicaram a Sã Doutrina esplendidamente durante esses dois mil anos da Igreja e, utilizamos seus estudos até hoje.
Poderíamos citar, também, alguns exemplos de Padres e Bispos que combateram em defesa da fé no Brasil, que diferente do forte seguimento que, deturpando o Concílio Ecumênico Vaticano II tentava se desligar da Apologética, não quiseram abandonar a Apologética e, converteram muitas pessoas com seus esforços, nos recordemos de três: Dom Frei Boaventura Kloppenburg, Frei Damião de Bozzano, Dom Estevão Bettencourt... E em outros Países: São Josemaria Escrivá, São João Paulo II (Papa), Bento XVI (Papa Emérito), Venerável Fulton Sheen, entre muitos outros...
Não é fato comprovado que haja 100% de eficácia ao evangelizar sem a Apologética, sem dar ao mundo as razões sólidas da nossa fé. Muitos Padres e Bispos não creram ser possível evangelizar sem a Apologética e, muitos Padres e Bispos ainda não creem ser possível evangelizar sem ela e continuam combatendo com essa ferramenta de evangelização. Por exemplo: Dom José Francisco Falcão de Barros, Dom Henrique Soares da Costa, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr. e muitos outros... E, de fato, olhando para a História da Igreja, olhando para esses Dois Mil Anos de combate defendendo a Sã Doutrina e o rebanho de Cristo, percebemos que sem a defesa (Apologética) toda a fé teria desmoronado e as heresias teriam prevalecido sobre os fies.
Não vivemos tempos tão diferentes dos tempos distantes: Os Cristãos são perseguidos, as famílias são perseguidas e a lei do silêncio nos é imposta... Hoje, também, muitos são os erros graves que tentam perverter a fé e condenar as almas, erros ressuscitados por seitas e até por "cristãos" e, também erros novos, como a Ideologia de Gênero que, muitos Padres e Bispos corajosos, graças a Deus, dão a cara a tapa para combater e proteger as famílias.
«A messe é grande, mas os operários são poucos. São Mateus 9,37». Os erros crescem descontroladamente hoje em dia, justamente por que se diminuiu consideravelmente a pratica da defesa da fé, a Apologética, e, os que a praticam não são suficientes, são pouquíssimos diante de um mundo paganizado. Quando não se defende a fé, automaticamente se deixa também de defender a vida, a justiça, a Verdade...
Hoje, por inúmeros motivos, alguns legítimos e outros ilegítimos, não se estimula o combate aos erros/pecados: O mundo pisa na fé, ofendem a Deus, quebram e cospem nos Santos, difamam a Igreja e, quase não se levantam mais homens de fé na terra para alertar os fies e dizer: Amemos aos outros como Deus nos pede, mas, não amemos os erros e as perversões que eles creem e ensinam! É uma lógica simples: Deus mandou que amemos os outros como a nós mesmos, então, nós podemos amar nossos próprios pecados? Não! Segundo a Sã Doutrina, precisamos lutar todos os dias contra os nossos próprios pecados, então, se nos amamos, mas, não podemos amar nossos pecados, assim também deve ser o nosso amor para com os outros.
Objeção: "Os tempos mudam, os tempos são outros..."
Resposta: Sim, os tempos mudaram, os tempos são outros, mas, os erros antigos ressurgem das trevas todos os dias, além de novos erros que nascem em cada esquina. Assim, é óbvio que, como sempre, em cada tempo deve existir, por parte das autoridades da Igreja e dos fies, cuidado para não aderir a esses erros e alertar os outros para que não aceitem também, e nisto entra a Apologética, mais até para alicerçar a fé e elucidar as duvidas dos de dentro e só em segundo lugar tentar converter os de fora. Sempre foi assim na Igreja: Em cada época surgem homens Santos e não santos (ainda não canonizados) que sendo fies a Cristo protegem a Fé da Igreja e, não abraçam os erros do mundo. Sem eles não teríamos a Igreja que temos hoje, já teríamos voltado a ser apenas 12 (doze) a muito tempo.
Quando a Igreja canoniza um Santo, ela nos dá este Santo ou Santa como modelo a ser seguido e imitado para chegarmos ao Céu como eles chegaram. Santo não tem data de validade, um Santo combatente do ano 1600d.C. não foi modelo somente por um período, por um Século e deixou de ser com o passar do tempo. Assim, também o que ensinaram, incluindo a Apologética, continua sendo valido, continua sendo modelo para nós seguirmos, imitarmos e darmos como exemplo ao mundo que se torna cada vez mais pagão por falta de evangelização e bons exemplos.
Concluindo:
Hoje se faz necessário fazer Apologética para defender a Apologética, isso é muito triste, pois, a fé vai de mal a pior no mundo moderno, mas, ainda assim, as pessoas e muitas autoridades da própria Igreja desprezam a necessidade de defender o Depósito da Fé, a necessidade de refutar as falsas doutrinas e falsas religiões. Tendo sido ensinada pelos próprios Santos e Doutores da Igreja, sendo a Apologética parte da Tradição da Igreja, ela não pode ser condenada ou vista como má, ou estaremos assinando a sentença de condenação aos Santos e Doutores desse dois mil anos.
Poderíamos citar vários exemplos da História, vamos a alguns: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Santo Afonso de Ligório, São Cipriano e muitos outros que explicaram a Sã Doutrina esplendidamente durante esses dois mil anos da Igreja e, utilizamos seus estudos até hoje.
Poderíamos citar, também, alguns exemplos de Padres e Bispos que combateram em defesa da fé no Brasil, que diferente do forte seguimento que, deturpando o Concílio Ecumênico Vaticano II tentava se desligar da Apologética, não quiseram abandonar a Apologética e, converteram muitas pessoas com seus esforços, nos recordemos de três: Dom Frei Boaventura Kloppenburg, Frei Damião de Bozzano, Dom Estevão Bettencourt... E em outros Países: São Josemaria Escrivá, São João Paulo II (Papa), Bento XVI (Papa Emérito), Venerável Fulton Sheen, entre muitos outros...
Não é fato comprovado que haja 100% de eficácia ao evangelizar sem a Apologética, sem dar ao mundo as razões sólidas da nossa fé. Muitos Padres e Bispos não creram ser possível evangelizar sem a Apologética e, muitos Padres e Bispos ainda não creem ser possível evangelizar sem ela e continuam combatendo com essa ferramenta de evangelização. Por exemplo: Dom José Francisco Falcão de Barros, Dom Henrique Soares da Costa, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr. e muitos outros... E, de fato, olhando para a História da Igreja, olhando para esses Dois Mil Anos de combate defendendo a Sã Doutrina e o rebanho de Cristo, percebemos que sem a defesa (Apologética) toda a fé teria desmoronado e as heresias teriam prevalecido sobre os fies.
Não vivemos tempos tão diferentes dos tempos distantes: Os Cristãos são perseguidos, as famílias são perseguidas e a lei do silêncio nos é imposta... Hoje, também, muitos são os erros graves que tentam perverter a fé e condenar as almas, erros ressuscitados por seitas e até por "cristãos" e, também erros novos, como a Ideologia de Gênero que, muitos Padres e Bispos corajosos, graças a Deus, dão a cara a tapa para combater e proteger as famílias.
«A messe é grande, mas os operários são poucos. São Mateus 9,37». Os erros crescem descontroladamente hoje em dia, justamente por que se diminuiu consideravelmente a pratica da defesa da fé, a Apologética, e, os que a praticam não são suficientes, são pouquíssimos diante de um mundo paganizado. Quando não se defende a fé, automaticamente se deixa também de defender a vida, a justiça, a Verdade...
Hoje, por inúmeros motivos, alguns legítimos e outros ilegítimos, não se estimula o combate aos erros/pecados: O mundo pisa na fé, ofendem a Deus, quebram e cospem nos Santos, difamam a Igreja e, quase não se levantam mais homens de fé na terra para alertar os fies e dizer: Amemos aos outros como Deus nos pede, mas, não amemos os erros e as perversões que eles creem e ensinam! É uma lógica simples: Deus mandou que amemos os outros como a nós mesmos, então, nós podemos amar nossos próprios pecados? Não! Segundo a Sã Doutrina, precisamos lutar todos os dias contra os nossos próprios pecados, então, se nos amamos, mas, não podemos amar nossos pecados, assim também deve ser o nosso amor para com os outros.
Objeção: "Os tempos mudam, os tempos são outros..."
Resposta: Sim, os tempos mudaram, os tempos são outros, mas, os erros antigos ressurgem das trevas todos os dias, além de novos erros que nascem em cada esquina. Assim, é óbvio que, como sempre, em cada tempo deve existir, por parte das autoridades da Igreja e dos fies, cuidado para não aderir a esses erros e alertar os outros para que não aceitem também, e nisto entra a Apologética, mais até para alicerçar a fé e elucidar as duvidas dos de dentro e só em segundo lugar tentar converter os de fora. Sempre foi assim na Igreja: Em cada época surgem homens Santos e não santos (ainda não canonizados) que sendo fies a Cristo protegem a Fé da Igreja e, não abraçam os erros do mundo. Sem eles não teríamos a Igreja que temos hoje, já teríamos voltado a ser apenas 12 (doze) a muito tempo.
Quando a Igreja canoniza um Santo, ela nos dá este Santo ou Santa como modelo a ser seguido e imitado para chegarmos ao Céu como eles chegaram. Santo não tem data de validade, um Santo combatente do ano 1600d.C. não foi modelo somente por um período, por um Século e deixou de ser com o passar do tempo. Assim, também o que ensinaram, incluindo a Apologética, continua sendo valido, continua sendo modelo para nós seguirmos, imitarmos e darmos como exemplo ao mundo que se torna cada vez mais pagão por falta de evangelização e bons exemplos.
Concluindo:
Hoje se faz necessário fazer Apologética para defender a Apologética, isso é muito triste, pois, a fé vai de mal a pior no mundo moderno, mas, ainda assim, as pessoas e muitas autoridades da própria Igreja desprezam a necessidade de defender o Depósito da Fé, a necessidade de refutar as falsas doutrinas e falsas religiões. Tendo sido ensinada pelos próprios Santos e Doutores da Igreja, sendo a Apologética parte da Tradição da Igreja, ela não pode ser condenada ou vista como má, ou estaremos assinando a sentença de condenação aos Santos e Doutores desse dois mil anos.
Assim,
ninguém está obrigado a abandonar a Apologética, pois ela é boa, agradável a
Deus, é uma herança deixada pelos Santos para que usemos em defesa da Fé. A Apologética não
prejudica a verdadeira unidade, pois a verdadeira unidade é a unidade na Verdade,
e não a unidade que cala a Verdade para não contradizer a mentira. A Verdade é oposta
a mentira, não existe plena comunhão e unidade entre a Verdade e a mentira, existe respeito ao direito de cada um escolher o que deseja crer e seguir, mas exigi-se também que haja respeito ao direito de se ser publicamente contrário, não contrário a pessoa, mas contrário a ideia que ela prega, isto é, em hipótese alguma se defende a violência (violência é crime e deve ser denunciada e punida duramente), mas o direito ao debate, o direito a dar publicamente as razões que nos leva a crer que algo é mentira e contrário a fé da Igreja. Hoje até se tenta
ensinar que é possível relativizar a Verdade, mas não é, isso é uma farsa, é um engano. A Verdade , que é o próprio Cristo, sempre
será a única que salva, a Verdade sempre irá opor-se a mentira.
Eis
que estamos num tempo em que o mundo se torna a cada dia mais anticristão, que
a cada dia cria mais e mais ideologias e, os fies da Santa Igreja tem caído em
grande número, muitos por falta de conhecimento (falta de ensino que alicerce a
certeza da fé), problema que poderia ser evitado.
A
nova evangelização precisa caminhar junto com a Apologética, pois, é uma
necessidade real do nosso tempo. A Apologética não é coisa do passado!
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Artigo revisado em 20 de Julho de 2016, por Thiago A. Borges de Azevedo.
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Artigo revisado em 20 de Julho de 2016, por Thiago A. Borges de Azevedo.
Para
citar
AZEVEDO, Thiago A. Borges. O triste abandono da Apologética. Disponível em <http://amigos-catolicos-evangelizadores.blogspot.com/2016/04/thiago-a-borges-o-triste-abandono-da-apologetica.html> Desde de 26/04/2016
AZEVEDO, Thiago A. Borges. O triste abandono da Apologética. Disponível em <http://amigos-catolicos-evangelizadores.blogspot.com/2016/04/thiago-a-borges-o-triste-abandono-da-apologetica.html> Desde de 26/04/2016
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