quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Não desesperar-se com boatarias da imprensa ou mesmo com declarações que não são magisteriais

------------------------------------------------------------------------------------------
Não desesperar-se com boatarias da imprensa ou mesmo com declarações que não são magisteriais
Pe. João Dias Rezende Filho
------------------------------------------------------------------------------------------
O Papa não me constituiu seu defensor ou advogado, mas creio que como católico e padre eu esteja não só no direito como no dever de fazê-lo.

O Papa tem assistência diuturna do Espírito Santo e nenhum bom católico pode disto duvidar. Tantos Papas já tivemos e as portas do inferno jamais prevaleceram contra a Igreja. Desesperar-se com boatarias da imprensa ou mesmo com declarações que não são magisteriais é, no mínimo, falta de um olhar sobrenatural e místico com relação ao Papado e até mesmo falta de olhar histórico.

O Papa Francisco é ortodoxo, precisa ser amado e acatado. Sobre suas declarações a respeito do Islã, eu não concordo com tudo, mas acato, respeito e silencio. Tenho certeza que o Papa não quer que suas declarações sejam tomadas como Magistério e também se ele se equivoca em algum ponto isto de nada afeta a sua ortodoxia e liderança espiritual sobre a Igreja de Cristo. Quando "defende" o Islã, o Papa, certamente, não defende terroristas e/ou radicais. Se fala que o Islã não tem nada a ver com violência, certamente, é por desconhecimento. Ele nunca deve ter lido o Corão ou os comentários ao Corão, assim como eu também nunca li e como homem prudente não quer acusar alguém de agir com má-fé sem ter certeza. A boa-fé se presume.

Além do mais, suponho que o Papa esteja usando de uma estratégia semelhante à de seu Venerável Predecessor na época do Nazismo. Um posicionamento duro contra o Islã agora pode causar maiores estragos. E convenhamos, as Cruzadas foram muito boas, mas para aquele período histórico, não podemos ser anacrônicos e querermos soluções históricas de ontem para hoje. O mundo, infelizmente, mudou, e mudou pra pior e as variáveis são outras, por isso, não se pode agora defender novas cruzadas. Basta pensar que não há mais o chamado regime de cristandade, para falar de uma única diferença como exemplo.

Sobre a questão da comissão de estudo sobre um possível diaconato feminino. O diaconato mesmo sendo grau da ordem não é sacerdócio. Segundo, é só uma comissão de estudo. Não podemos em hipótese alguma julgar as intenções do Santo Padre imaginando que ele queira com isso ordenar mulheres ou fazê-las sacerdotisas. Quem sabe esta comissão não concluirá justamente sobre a impossibilidade delas serem ordenadas diaconisas e assim a questão ficará definitivamente resolvida?

Agradeço quem teve a paciência de ler-me até agora e peço o obséquio de, sendo verdadeiramente católico, não fazer outra coisa a não ser falar bem e defender o Santo Padre sempre, oportuna e inoportunamente.

A hora é de oração e não de fazer arrazoados apontando supostas incoerências em falas ocasionais e sem força de magistério do Santo Padre.

Rezemos! Rezem pelo Papa! Mas saibam que há alguém que reza e intercede sem cessar pelo Romano Pontífice: O próprio Cristo!

Simão, Simão, eis que satanás pediu para vos joeirar como trigo numa peneira; mas eu rezei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, uma vez confirmado, confirma teus irmãos.” (Lucas 22, 31–32)

Salve Santo Padre! A Vós, minha adesão filial irrestrita!

Fonte:
Pe. João Dias Rezende Filho. Não desesperar-se com boatarias da imprensa ou mesmo com declarações que não são magisteriais. Disponível em <https://www.facebook.com/joao.diasrezendefilho/posts/1071692926200678> Desde 3 de Agosto de 2016.

Nenhum comentário:

Postar um comentário