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Não
desesperar-se com boatarias da imprensa ou mesmo com declarações que não são
magisteriais
Pe. João Dias Rezende
Filho
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O Papa não me constituiu seu defensor ou
advogado, mas creio que como católico e padre eu esteja não só no direito como
no dever de fazê-lo.
O Papa tem assistência diuturna do Espírito
Santo e nenhum bom católico pode disto duvidar. Tantos Papas já tivemos e as
portas do inferno jamais prevaleceram contra a Igreja. Desesperar-se com
boatarias da imprensa ou mesmo com declarações que não são magisteriais é, no
mínimo, falta de um olhar sobrenatural e místico com relação ao Papado e até
mesmo falta de olhar histórico.
O Papa Francisco é ortodoxo, precisa ser amado e
acatado. Sobre suas declarações a respeito do Islã, eu não concordo com tudo,
mas acato, respeito e silencio. Tenho certeza que o Papa não quer que suas
declarações sejam tomadas como Magistério e também se ele se equivoca em algum
ponto isto de nada afeta a sua ortodoxia e liderança espiritual sobre a Igreja
de Cristo. Quando "defende" o Islã, o Papa, certamente, não defende
terroristas e/ou radicais. Se fala que o Islã não tem nada a ver com violência,
certamente, é por desconhecimento. Ele nunca deve ter lido o Corão ou os
comentários ao Corão, assim como eu também nunca li e como homem prudente não
quer acusar alguém de agir com má-fé sem ter certeza. A boa-fé se presume.
Além do mais, suponho que o Papa esteja usando
de uma estratégia semelhante à de seu Venerável Predecessor na época do
Nazismo. Um posicionamento duro contra o Islã agora pode causar maiores
estragos. E convenhamos, as Cruzadas foram muito boas, mas para aquele período
histórico, não podemos ser anacrônicos e querermos soluções históricas de ontem
para hoje. O mundo, infelizmente, mudou, e mudou pra pior e as variáveis são outras,
por isso, não se pode agora defender novas cruzadas. Basta pensar que não há
mais o chamado regime de cristandade, para falar de uma única diferença como
exemplo.
Sobre a questão da comissão de estudo sobre um
possível diaconato feminino. O diaconato mesmo sendo grau da ordem não é
sacerdócio. Segundo, é só uma comissão de estudo. Não podemos em hipótese
alguma julgar as intenções do Santo Padre imaginando que ele queira com isso
ordenar mulheres ou fazê-las sacerdotisas. Quem sabe esta comissão não concluirá
justamente sobre a impossibilidade delas serem ordenadas diaconisas e assim a
questão ficará definitivamente resolvida?
Agradeço quem teve a paciência de ler-me até
agora e peço o obséquio de, sendo verdadeiramente católico, não fazer outra
coisa a não ser falar bem e defender o Santo Padre sempre, oportuna e
inoportunamente.
A hora é de oração e não de fazer arrazoados apontando
supostas incoerências em falas ocasionais e sem força de magistério do Santo
Padre.
Rezemos! Rezem pelo Papa! Mas saibam que há
alguém que reza e intercede sem cessar pelo Romano Pontífice: O próprio Cristo!
Simão, Simão, eis que satanás pediu para vos
joeirar como trigo numa peneira; mas eu rezei por ti, para que a tua fé não
desfaleça; e tu, uma vez confirmado, confirma teus irmãos.” (Lucas 22, 31–32)
Salve Santo Padre! A Vós, minha adesão filial
irrestrita!
Fonte:
Pe.
João Dias Rezende Filho. Não desesperar-se com boatarias da imprensa ou mesmo
com declarações que não são magisteriais. Disponível em <https://www.facebook.com/joao.diasrezendefilho/posts/1071692926200678>
Desde 3 de Agosto de 2016.
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