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O Dom da Piedade
Pe. Adilson Ulprist
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"Ter piedade não é fechar os olhos, fazer
cara de imagem, fazer de conta que é um santo"
Gosto de iniciar nossa reflexão com citações da
catequese do Papa Francisco, no Vaticano. Veja o que ele diz sobre o dom da
Piedade: “Este dom não está relacionado com ‘ter compaixão de alguém’ ou ‘ter
piedade do próximo’; pelo contrário, indica a pertença do cristão a Deus, a sua
ligação profunda com Ele”. Essa ligação é o que faz com que a nossa vida tenha
sentido, e o que ajuda cada pessoa a manter-se firme “mesmo nos momentos
difíceis e conturbados”.
A partir desse anúncio, fica claro que o dom da
piedade brota da gratidão. Surge no coração do cristão que mantém uma relação de
amizade com o Senhor. Assim, podemos dizer que o dom da piedade gera em nós uma
amizade com Deus, que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo e alegria.
Esse dom suscita em nós a gratidão e o louvor. Piedade, então, é sinônimo de
“autêntico espírito religioso e intimidade filial com Deus”.
Assim, devemos saber que a nossa amizade e
intimidade com Deus, por meio da piedade, deve nos levar a dirigir essa
amizade, transformada em amor, ao próximo. “A piedade nos torna capaz de amar a
Deus e reconhecê-lo no próximo”, amando-o como ao próprio Cristo.
Ainda no dizer do Papa, não podemos confundir
piedade com “pietismo”. Ter piedade não é fechar os olhos, fazer cara de
imagem, fazer de conta que é um santo. Não. O dom da piedade significa
alegrar-se com quem está alegre, de chorar com quem chora. É estar próximo de
quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar
quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando. Ele nos leva a
amar o que é de Deus: a oração, a santa missa, a vida sacramental, a adoração
ao Santíssimo Sacramento, a oração do Terço e o desejo de pregar e testemunhar
a Palavra de Deus.
Por Pe.
Adilson Ulprist
Publicado na Revista Brasil Cristão, da Associação do Senhor Jesus, novembro 2015.
Publicado na Revista Brasil Cristão, da Associação do Senhor Jesus, novembro 2015.
Fonte: Rede Século 21
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