Vaticano à ONU: não se combate a droga
legalizando-a
NOVA IORQUE, 25 Abr. 16 / 04:00 pm (ACI).- O Núncio Apostólico ante as Nações
Unidas em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, reiterou a oposição da Santa Sé à
legalização do uso das drogas ilegais e recordou o que disse o Papa Francisco:
“A droga é um mal e ante o mal não se pode ceder nem ter compromissos”.
Assim o indicou o Prelado em seu discurso ante a
sessão especial da Assembleia Geral sobre o problema mundial da droga na
quinta-feira, 21 de abril.
Em seu discurso, o Arcebispo afirmou: “A Santa
Sé rechaça firmemente o uso de drogas ilegais e a legalização do uso de
narcóticos”.
O Prelado de origem filipina recordou quando o
Papa Francisco mencionou acerca do tema no dia 20 de junho de 2014, quando
afirmou: “Pensar em poder reduzir o dano permitindo o uso de psicofármacos
àquelas pessoas que continuam a usar droga não resolve de fato o problema; em
vez disso, é necessário confrontar os problemas que existem por trás do uso das
drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens nos valores que
constroem a sociedade, acompanhando os que estão passando por alguma
dificuldade e dando-lhes esperança para o futuro”.
Nessa oportunidade, Francisco acrescentou que “a
legalização das chamadas ‘drogas leves’, mesmo de modo parcial, além de ser,
pelo menos, questionável em termos de legislação, não produz os efeitos que
foram pré-fixados”.
Além disso, o Papa insistiu ainda que “a droga
não se vence com a droga. A droga é um mal, e com o mal não pode haver
relaxamento ou compromissos. Mas para dizer este ‘não’, é preciso dizer sim à
vida, sim ao amor, sim aos outros, sim à educação, sim ao esporte, sim ao trabalho,
sim a mais oportunidades de trabalho. Se estes caminhos se fazem verdades não
há espaço para as drogas, para o abuso do álcool, para outras dependências”.
Em seguida, Dom Bernardito Auza ressaltou a
importância da família para enfrentar o problema das drogas e alertou sobre “o
efeito negativo do uso de drogas ilícitas na família que se estende à
comunidade e chega a desestabilização da sociedade civil”.
“Educar nossas crianças e jovens sobre mal do
abuso de drogas é um elemento importante para lutar” contra este flagelo, disse
o Prelado e acrescentou que é necessário ajudar aqueles que caíram nesse vício.
O Arcebispo ressaltou deste modo que “o problema
da droga e suas consequências transcendem as fronteiras e afetam o mundo
inteiro. Por isso, necessitamos de uma cooperação internacional rumo a uma
estratégia integrada e equilibrada para enfrentá-la”.
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