quarta-feira, 31 de agosto de 2016

«Você precisa se apaixonar por alguém que não é perfeito, mas busca diariamente ser o melhor que você precisa.»

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«Você precisa se apaixonar por alguém 
que não é perfeito, mas busca diariamente ser o melhor que você precisa.»
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Você merece alguém que chegue pra somar, pra te elevar e não te diminuir. Alguém que seja sua melhor versão e que faça por você o que nenhum outro fez. A verdade é que você precisa de alguém que vá além do status, das melhores fotos, textos e músicas que vocês irão compartilhar. Você precisa de alguém que não te troque, não te esconda, não te prive de ser você. Alguém que entenda sua cara emburrada, seus ciúmes inexplicáveis e que fique mesmo que você peça pra ir embora. Você precisa se apaixonar por alguém que não é perfeito, mas busca diariamente ser o melhor que você precisa. E que juntos façam a vontade do Pai do céu.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Cardeal Burke: É "altamente questionável" dizer que católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus

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"É altamente questionável" dizer que católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus e que o Islã é uma religião de paz
Cardeal Raymond Burke | Claire Chretien – LifeSiteNews | Tradução Sensus fidei
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ROMA, Itália, 30 de agosto, 2016 – É “altamente questionável” dizer que católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus e que o Islã é uma religião de paz, afirmou o Cardeal Raymond Burke em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

Burke, um norte-americano, é o ex-prefeito da Signatura Apostólica, a mais alta corte do Vaticano. Ele agora é o patrono da Soberana Ordem Militar de Malta.

Burke estava a falar com a imprensa sobre Hope for the World: To Unite All Things in Christ, um livro-entrevista recém-publicado com o jornalista francês Guillaume d’Alançon em que o prelado reflete sobre uma série de temas controversos como a contracepção e sua relação com o aborto, banheiros transgêneros, a Sagrada Comunhão para casais divorciados recasados, e os problemas dentro da Igreja Católica.

Nostra Aetate, a declaração do Concílio Vaticano II sobre a relação da Igreja Católica com as outras religiões, “não é um documento dogmático”, disse Burke.

Burke estava respondendo a uma pergunta sobre se católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus e se os católicos são obrigados a acreditar na definição do Islã feita pelo Vaticano II.

“A Igreja vê com estima também os muçulmanos”, diz Nostra Aetate. “Adoram eles o Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, procuram submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu Abraão, que a fé islâmica de bom grado evoca… Esperam pelo dia do juízo, no qual Deus remunerará todos os homens, uma vez ressuscitados. Têm, por isso, em apreço a vida moral e prestam culto a Deus, sobretudo com a oração, a esmola e o jejum”.

O reconhecimento de que Nostra Aetate não é dogmática pode levar a Sociedade de São Pio X, um grupo tradicionalista com um estatuto canônico irregular, à plena comunhão com Roma. Muitos católicos veem o controverso documento do Vaticano II como incerto ou mesmo em desacordo com o ensinamento da Igreja sobre o Catolicismo ser a única fé verdadeira.

Se os católicos devem abraçar o Islã como uma religião de paz ou ser considerados dissidentes foi um tema recente do debate entre Robert Spencer de JihadWatch.org e Monsenhor Stuart Swetland do Donnelly College. As reivindicações de Spencer de que o Islã é inerentemente violento está em desacordo com os ensinamentos do magistério dos papas recentes. Os defensores de Spencer salientam que os papas tiveram diferentes opiniões sobre o Islã ao longo dos anos e que afirmar uma certa natureza do Islã não está relacionado com a moral e a fé católicas e, portanto, não é vinculativo para os católicos. Eles também dizem que os católicos devem consultar o próprio Islã para determinar a sua natureza.

Burke disse que muito da resposta de hoje ao Islã é influenciada por um relativismo religioso e sustenta que “todos nós estamos adorando o mesmo Deus” e “todos nós acreditamos no amor.”

Se “Deus é amor”, como Ele pode ser “o mesmo Deus que ordena aos muçulmanos para que abatam os infiéis e estabeleçam o seu domínio pela violência?”, perguntou Burke.

“Eu não acredito que seja verdade que todos nós estamos adorando o mesmo Deus”, disse Burke. “Dizer que todos nós acreditamos no amor simplesmente não é correto.”

“Tudo o que eu disse sobre o Islã, incluindo especialmente o que está no livro, é baseado em meus próprios estudos dos textos do Islã e também dos seus comentaristas”, disse o cardeal. O relativismo religioso que iguala o ensino católico e muçulmano sobre a natureza de Deus não “respeitam a verdade” sobre o que cada religião ensina, disse ele. “Isto não é útil.”

“Examinemos cuidadosamente o que o Islã é e o que a nossa fé cristã nos ensina”, disse Burke, porque não são a mesma coisa.

“Nada mudou na agenda islâmica desde os tempos anteriores de nossos antepassados” tiveram de defender a Cristandade de ataques de muçulmanos, disse Burke. “Eles viram que o Islã estava atacando a verdade sagrada.”

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Pe. Marcelo Tenório: As almas do purgatório, não as esqueçais!

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As almas do purgatório, não as esqueçais!
Pe. Marcelo Tenório | Fonte: Da Mihi animas
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Os Sofrimentos das almas no purgatório

O que os Santos Doutores ensinam acerca dos sofrimentos do purgatório nos penetram de tema com paixão pelas almas.

S. Boaventura ensina que nossos maiores sofrimentos ficam muito aquém dos que ali se padecem. São Tomás diz que o menor dos seus sofrimentos ultrapassam os maiores tormentos que possamos suportar. Confirmam Santo Ambrósio e São João Crisóstomo que todos os tormentos que o furor dos perseguidores e dos demônios inventaram contra os mártires, jamais atingirão a intensidade dos que padecem em tal lugar de expiação.

O fogo! Estremecemos só de lhe ouvir o nome. E estar-se no fogo inteiramente, num fogo ativo, penetrante, que vai até o início do ser – que cruel suplício.

Aquele fogo, diz S. Antônio, é de tal maneira rigoroso que comparado com o que conhecemos na terra, este se afigura como pintado num painel.

Após uma visão do purgatório, exclama Santa Catarina de Gênova. “Que coisa Terrível! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproxime sequer da realidade. As penas que lá se padecem são tão dolorosas como as penas do inferno”.

É pior que todos os martírios, 0 Pe. Faber disse. Creio que as penas do purgatório são mais terríveis e insuportáveis que todos os males desta vida, diz São Gregório Magno.

Castidade: Uma das principais causas de martírio nos primeiros séculos.

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Castidade: Uma das principais causas de martírio nos primeiros séculos.
Pe. José María Iraburu | Fonte: Apostolado Maria Santíssima e Modestia
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Evangelho e Martírio

"Uma virtude só pode ser vivida sem especiais esforços quando já tenha sido socialmente assimilada, ao menos como ideal. Pelo contrário, enquanto predominem estruturas de pecado – formas mentais ou de conduta – fortemente adversas, esta virtude não poderá ser afirmada senão a custo de grandes marginalizações e sofrimentos, inclusive com perigo para a vida (desenvolvo este tema em De Cristo ou do mundo, 202-214).

Nada há, portanto, de estranho que nos primeiros séculos da Igreja a afirmação do pudor e da castidade seja uma das causas mais frequentes de martírio, junto com a questão do culto ao imperador (Paul Allard 185-191).

Hoje continua nos surpreendendo e admirando que os primeiros cristãos – concretamente aqueles que procediam de culturas quase alheias ao pudor e à castidade, e que haviam crescido na impudicícia -, assimilaram tão precocemente e tão profundamente estas virtudes cristãs, até ao ponto de que estiveram dispostos a perder a vida para afirmá-las. É um enigma histórico. Ou melhor, é um milagre formidável do Espírito Santo. Recordemos apenas um exemplo deste pudor surpreendente, afirmado já no ano 203. As santas mártires Perpétua e Felicidade foram expostas no anfiteatro de Cartago à fúria de uma vaca muito brava. “A primeira a ser lançada para o alto foi Perpétua (de 22 anos, mãe recentemente), e caiu de costas; mas apenas se encontrou sentada, recolhendo as túnicas rasgadas, cobriu a perna, lembrando-se antes do pudor do que da dor” (Actas 20). Gestos como este deixavam assombrados aos pagãos. Na literatura dos Padres aparecem traços frequentes deste assombro que causava nos pagãos o pudor das mulheres cristãs, e a admiração que em muitos casos suscitava a beleza da castidade. Não parece excessivo afirmar que o testemunho cristão da castidade e do pudor foi uma das causas mais eficazes da evangelização do mundo greco-romano, que em grande medida ignorava estas virtudes".

Do livro do Padre Maria Iraburu - Elogio ao Pudor. Pode ser lido completo neste link

Pe. Luiz C. Lodi: O homicida desde o princípio

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O homicida desde o princípio
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz | Fonte: Pró-Vidade Anápolis
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(ele está por trás de todo o movimento pró-aborto)

Quando alguém tem um ódio mortal contra uma pessoa, deseja matá-la. Mas, e se não puder matá-la? Fixa a sua imagem na parede e arremessa dardos contra ela. Os dardos não ferem a pessoa, mas pelo menos atingem a sua imagem.

O demônio tem um ódio mortal contra Deus. Seu desejo supremo é matá-lo. Mas Deus é imortal. Na impossibilidade de matar a Deus, o demônio investe contra a imagem de Deus.

Qual é a imagem de Deus? O homem, conforme está escrito:

“Deus criou o homem à sua imagem,
à imagem de Deus ele o criou,
homem e mulher ele os criou” (Gn 1,27).

Por isso, o demônio é “homicida desde o princípio” (Jo 8,44). Deseja destruir aqueles que são imagem de Deus.

Mas, entre os homens, quais aqueles que refletem com maior esplendor a imagem de Deus? Sem dúvida, as criancinhas.

Por isso, o desejo homicida do demônio dirige-se principalmente contra os pequeninos. Sua ira contra os bebês aparece na Bíblia, por exemplo, quando o Faraó do Egito ordenou às parteiras, e depois a todo o povo, que jogasse ao rio Nilo todo menino que nascesse, poupando apenas as meninas (Ex 1,16.22). Aparece também quando o rei Herodes, na tentativa de matar o Menino Jesus, mandou matar em Belém e arredores todos os meninos de dois anos para baixo (Mt 2,16).

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Prof. Felipe Aquino: A sabedoria do silenciar

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A sabedoria do silenciar
Prof. Felipe Aquino | Fonte: Editora Cléofas
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Até os insensatos quando se calam passam por sábios

Sócrates, o sábio filósofo grego, dizia que a eloquência é, muitas vezes, uma maneira de exaltar falsamente o que é pequeno e de diminuir o que é, de fato, grande. A palavra pode ser mal-usada, mascarada e empregada para a dissimulação. É por isso que os sábios sempre ensinaram que só devemos falar alguma coisa “quando as nossas palavras forem mais valiosas que o nosso silêncio”. A razão é simples: nossas palavras têm poder para construir ou para destruir. Elas podem gerar a paz, a concórdia, o conforto, o consolo, mas podem também gerar ódio, ressentimento, angústia, tristeza e muito mais. “Mesmo o estulto, quando se cala, passa por sábio, por inteligente, aquele que fecha os lábios” (Pr 17,28).

O silêncio é valioso, sobretudo quando estamos em uma situação difícil, quando é preciso mais ouvir do que falar, mais pensar do que agir, mais meditar do que correr. Tanto a palavra quanto o silêncio revelam o nosso ser, a nossa alma, aquilo que vai dentro de nós. Jesus disse que “a boca fala daquilo que está cheio o coração” (cf. Lc 6,45). Basta conversar por alguns minutos com uma pessoa que podemos conhecer o seu interior revelado em suas palavras; daí a importância de saber ouvir o outro com paciência para poder conhecer de verdade a sua alma. Sem isso, corremos o risco de rotular rapidamente a pessoa com adjetivos negativos.

Padre Paulo: Desejo e Vontade

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Desejo e Vontade
Pe. Paulo Gonzales | Fonte: Facebook
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Imagem: Rede Século 21
Em nossa caminhada rumo ao objetivo, além de coragem na ação, devemos levar em conta também o desejo e a vontade. Estes nunca devem estar separados.

Separados, produzem efeitos negativos. Juntos, ao invés, possuem um efeito multiplicador, uma força nova e poderosa, a constância, a perseverança, a determinação.

Quem é perseverante sempre vence, em qualquer lugar. Nos momentos difíceis, a coragem com que iniciamos a luta, que nos fez dar o primeiro impulso, não poderá fazer muita coisa se não for sustentada ao longo do tempo.

Tudo acontece com o tempo, e não aqui e agora. Querer tudo e logo é próprio de crianças e também daqueles que ainda não entenderam a vida.

A vida é um caminho, um processo, um fluir, um percurso.

Nunca devemos vivê-la como se fosse constituída de pontos isolados ou de episódios sem nexo entre si.

Não é possível curar-se psiquicamente ou chegar à serenidade, à felicidade, com uma varinha mágica, com um milagre, subitamente.

Quem quer atingir tudo isso apressadamente é porque não quer sofrer, não quer viver. Pelo contrário, desconfio das curas fáceis. Não duram. São sempre ilusões. Dão a impressão de que estamos bem, mas diante do primeiro obstáculo, da primeira dificuldade, do primeiro insucesso, vem uma recaída.

A serenidade psíquica, o sentir-se bem por dentro, é um caminho, uma viagem, nunca será algo isolado e jamais provém do que está fora de nós.

Por conseguinte, a cura deve ser procurada, desejada, ajustada, construída dia a dia; deve tornar-se um modo de viver, uma escolha, um estilo de vida.

Não há outro caminho. Não existem atalhos. A serenidade psíquica não admite improvisações. Não existe uma pílula de felicidade.

O desejo é importante, vital. Mas para mantê-lo é preciso constância e determinação. Sem constância, o desejo ficaria só, e logo se desfaria.

A ação sustentada pela constância e pela determinação sempre cria algo de útil. Dá-nos a sensação de estar vivendo, agindo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Reflexão: Pedindo a Deus uma vida sem Deus.

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Pedindo a Deus uma vida sem Deus.
Thiago A. Borges de Azevedo
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Quando o cristão começa a pedir a Deus uma vida sem Cruz, sem sofrimentos, sem perseguições... Ele não percebe que Deus não poderá atendê-lo, simplesmente por que, ao pedir uma vida sem Cruz, sem sofrimentos e sem perseguições, o cristão está pedindo a Deus uma vida sem Deus. Ao abraçar a fé cristã, automaticamente o cristão está abraçando a Cruz, os sofrimentos e as perseguições que desde sempre, aqueles que seguem a Cristo, sofrem neste mundo pagão que não aceita Deus! É possível um ser humano tentar viver sem ter que tomar a sua Cruz, mas não é possível ser cristão sem Cruz. Ao abandonarmos a nossa Cruz, estamos abandonando o Cristianismo, estamos abandonando Deus! Por tanto, se queremos seguir a Cristo, abracemos a Cruz com alegria, é com ela que poderemos chegar ao Céu, pois não há Cristo sem Cruz. Rezemos sempre com fé pedindo a Deus forças para sermos perseverantes e suportarmos as adversidades!

«[...] a cruz de Cristo e a cruz do cristão são uma só, a mesma, o prolongamento do drama do Calvário no drama do cristão. Dá-se assim uma inversão do significado da dor na existência humana: o que era o algo trágico e lúgubre transforma-se em bênção: encontrar a cruz é encontrar Cristo, fonte de ressurreição e horizonte aberto a uma alegria sem fim. Saboreia-se numa paz serena o que antes afligia e consumia. E o sofrimento, em vez de nos encerrar no seu poder de absorção, expande-se nas quatro direções da cruz de Cristo: o seu comprimento, largura, altura e profundidade para além do espaço e do tempo(1).»

Thiago A. Borges de Azevedo
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Citação
1. Pie Régamey - Cruz de Cristo e a nossa. Descrição de Dr. Francisco Xavier de Ayala, Ed. Quadrante

©Livre para copia e difusão na integra com menção do autor:
Thiago A. Borges de Azevedo. Pedindo a Deus uma vida sem Cristo... Disponível em <http://amigos-catolicos-evangelizadores.blogspot.com.br/2016/08/0190-reflexao-pedindo-a-deus-uma-vida-sem-cristo.html> Desde 19 de Agosto de 2016

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Dom Henrique: Pensamentos sobre o Sacerdócio

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Pensamentos sobre o Sacerdócio
Dom Henrique Soares da Costa
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A segunda leitura da Missa deste XXX Domingo Comum do Ano B (Hb 5,1-6) inspirou-me algumas meditações sobre o sacerdócio. Gostaria de partilhá-las com você, meu paciente leitor.

O nosso único Sacerdote é Cristo Jesus. Ele, fazendo-se homem, tornou-se nosso Pontífice (nossa ponte) e Mediador. Como Deus e homem verdadeiro, ele é a ligação entre o Pai e a humanidade. Portanto, é a partir do Sacerdote perfeito e único do Novo Testamento que temos de compreender tanto o sacerdócio do Antigo quanto aquele sacerdócio ministerial presente na Igreja desde as suas origens. 

Antes de entrar na meditação do texto de Hebreus gostaria de recordar-lhe uma coisa: no Antigo Testamento Israel é um povo todo sacerdotal. No meio das nações e em nome de todas as nações, o povo santo de Deus deveria viver uma vida prática e cultual que fosse um verdadeiro sacrifício de louvor a Deus em benefício de todos os povos da terra (cf. Ex 19,5-6; Is 43,20-21). Desde o início era esta a bênção e a missão de Israel, povo vindo de Abraão: “Por ti todos os clãs da terra serão abençoados” (Gn 12,3). Por isso Deus afirma tantas vezes ao povo: Sois uma nação santa, sois um povo consagrado a mim, eu só a vós escolhi dentre todos os povos, sois um reino de sacerdotes. No entanto, no meio deste povo todo sacerdotal havia uma tribo (de Levi) e, nesta tribo, um clã (de Aarão) especialmente responsáveis pelo culto. Pelo ministério da tribo de Levi e do clã de Aarão o povo sacerdotal podia exercitar de fato o seu sacerdócio. Assim, o sacerdócio dos levitas e dos descendentes de Aarão em nada se opunha ao sacerdócio do povo de Israel: um estava em função do outro. 

Mons. Ascânio: E EU TENHO MARIA!

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E EU TENHO MARIA!
Monsenhor Ascânio Brandão
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Conta-se, na história do processo da beatificação de São Francisco de Sales, que em Chablais, um moço possesso havia mais de cinco anos, foi levado ao sepulcro do grande santo. Ali, submetido a um grande interrogatório, o demônio, furioso, uivava desesperado, e não deixava a sua pobre vítima. Então, a venerável Madre de Chaugy exclamou, com a sua proverbial e edificante piedade: "Ó Santa Mãe de Deus, rogai por nós! Maria, Mãe de Jesus, ajudai-nos!" Ouvido o nome de Maria, o espírito infernal uivou, gritou horrorosamente: "Maria... Maria... Ah! eu não tenho Maria... Não digas este nome, que me espanta e estremece! Ah! se eu tivesse Maria, uma Maria como tendes, não seria o que sou!... Mas eu não tenho Maria!" Os assistentes choravam. O demônio ainda exclamou: "Se tivesse um desses momentos tão numerosos que perdeis, e Maria, já não seria demônio!"

E eu mil vezes feliz, embora neste exílio tão perigoso da vida, e nas trevas de mil sofrimentos, tenho Maria e tenho para me salvar! Não sou feliz? Oh! Não haverá dor, nem desgraça, nem amargura neste mundo que me façam desgraçado, se me conservo fiel e devoto fervoroso da Mãe de Deus. Eu tenho Maria! Que consolação! Que ventura!

Fonte:
BRANDÃO, Monsenhor Ascânio. O Breviário da Confiança, 1936: 26 de Maio – E eu tenho Maria. pg. 161. Disponível em <https://amigos-catolicos-evangelizadores.blogspot.com.br/2016/08/0188-mons-ascanio-e-eu-tenho-maria.html> Desde 18 de Agosto de 2016

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Pe. Adilson: O dom da Fortaleza

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O dom da Fortaleza
Pe. Adilson Ulprist
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Temos necessidade desta fortaleza para levar adiante nossa vida, família e fé

Ao pensar no dom da Fortaleza, chamo a atenção para uma fala do Papa Francisco, a partir da parábola do semeador (Mc 4, 3-9): “A semente, muitas vezes, encontra a aridez do nosso coração e, mesmo se for acolhida, corre o risco de permanecer estéril. Com o dom da Fortaleza, o Espírito Santo liberta o terreno do nosso coração do torpor, das incertezas e dos medos que possam impedi-lo, de modo que a Palavra do Senhor seja colocada em prática, de forma autêntica e alegre. É uma verdadeira ajuda este dom; dá-nos força e liberta-nos de tantos impedimentos”.

A Fortaleza, que podemos chamar de “dom da coragem”, imprime em nossa alma um impulso que nos permite suportar as maiores dificuldades e tribulações, e realizar, se necessário, atos sobrenaturalmente heroicos. Não como um ato extraordinário, mas o enfrentamento das tribulações e dificuldades do dia a dia, na família, no trabalho, na vizinhança e, claro, naquela tribulação interior que nos amedronta e nos impede de agir de forma segura e tranquila.

O apóstolo Paulo nos diz: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13). Por isso, não se pode pensar que o dom da Fortaleza é necessário somente para algumas ocasiões ou situações particulares. Este dom deve ser base da vida cotidiana do cristão. É preciso ser forte sempre. Daí a necessidade “desta fortaleza, para levar adiante a nossa vida, a nossa família, a nossa fé”.

Não se deixe levar pelo desânimo, sobretudo diante do cansaço e provações da vida. Não desanime. Invoque o Espírito Santo para que, com o dom da Fortaleza, o seu coração seja aliviado e ele te sustente frente às dificuldades da vida.

Por Pe. Adilson Ulprist
Publicado na Revista Brasil Cristão, da Associação do Senhor Jesus, novembro 2015.

Padre Adilson: O Dom da Piedade

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O Dom da Piedade
Pe. Adilson Ulprist
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"Ter piedade não é fechar os olhos, fazer cara de imagem, fazer de conta que é um santo"

Gosto de iniciar nossa reflexão com citações da catequese do Papa Francisco, no Vaticano. Veja o que ele diz sobre o dom da Piedade: “Este dom não está relacionado com ‘ter compaixão de alguém’ ou ‘ter piedade do próximo’; pelo contrário, indica a pertença do cristão a Deus, a sua ligação profunda com Ele”. Essa ligação é o que faz com que a nossa vida tenha sentido, e o que ajuda cada pessoa a manter-se firme “mesmo nos momentos difíceis e conturbados”.

A partir desse anúncio, fica claro que o dom da piedade brota da gratidão. Surge no coração do cristão que mantém uma relação de amizade com o Senhor. Assim, podemos dizer que o dom da piedade gera em nós uma amizade com Deus, que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo e alegria. Esse dom suscita em nós a gratidão e o louvor. Piedade, então, é sinônimo de “autêntico espírito religioso e intimidade filial com Deus”.

Assim, devemos saber que a nossa amizade e intimidade com Deus, por meio da piedade, deve nos levar a dirigir essa amizade, transformada em amor, ao próximo. “A piedade nos torna capaz de amar a Deus e reconhecê-lo no próximo”, amando-o como ao próprio Cristo.

Ainda no dizer do Papa, não podemos confundir piedade com “pietismo”. Ter piedade não é fechar os olhos, fazer cara de imagem, fazer de conta que é um santo. Não. O dom da piedade significa alegrar-se com quem está alegre, de chorar com quem chora. É estar próximo de quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando. Ele nos leva a amar o que é de Deus: a oração, a santa missa, a vida sacramental, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a oração do Terço e o desejo de pregar e testemunhar a Palavra de Deus.

Por Pe. Adilson Ulprist
Publicado na Revista Brasil Cristão, da Associação do Senhor Jesus, novembro 2015.

Prof. Felipe Aquino: O dom da diência

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O dom da diência
Prof. Felipe Aquino – Canção Nova
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O dom da ciência leva o homem a compreender a marca de Deus que há em cada ser criado

O Papa Francisco, falando dos dons do Espírito Santo, disse que “o dom de ciência faz com que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; que ele veja cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador. O dom de ciência leva o homem a compreender o vestígio de Deus que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n’Ele pode descansar, como disse Santo Agostinho. Com esse dom, o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e purifica o homem”.

O dom da ciência comunica-nos a faculdade de “saber fazer”, a destreza espiritual. Torna-nos aptos para reconhecer o que nos é espiritualmente útil ou prejudicial. Está intimamente unido ao dom de conselho. Este, move-nos a escolher o útil e a repelir o nocivo, mas, para escolher, devemos antes conhecê-lo. Por exemplo, se percebo que excessivas leituras frívolas estragam o meu gosto pelas coisas espirituais, o dom da ciência induz-me a deixar de comprar publicações desse tipo e inspira-me a começar uma leitura espiritual regular.

Prof. Felipe Aquino: O dom do conselho

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O dom do conselho
Prof. Felipe Aquino – Canção Nova
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O dom de conselho nos ajuda a percebermos e escolhermos a melhor decisão para o nosso bem espiritual

Deus destinou o homem e a mulher para fins superiores, para a santidade e para a coerência entre fé e vida quotidiana. “Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos escolheu Nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1,4). Cada um de nós deve ajudar os outros a atingir essa meta, que é vontade de Deus.

Para que  possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade de coração, devemos pedir a Deus esse precioso dom, com o qual O glorificaremos aos mostrarmos ao irmão o caminho da salvação e da santidade. É sob a influência desse ideal que a mãe ensina o filho a rezar, a praticar os  primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência e do amor ao próximo.

Prof. Felipe: Dom do Entendimento ou Inteligência

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Dom do Entendimento ou Inteligência
Prof. Felipe Aquino – Canção Nova
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O dom do entendimento nos faz ver melhor a santidade de Deus e a infinidade do Seu amor

Há pessoas simples que, mesmo sem entender os dogmas e demais ensinamentos da Santa Igreja, permanecem fiéis aos seus ensinamentos;  possuem  o sabor  pelas coisas de Deus e, mesmo ignorando o vasto significado da liturgia, dos dogmas e das orações, dão testemunho de intensa devoção e piedade.  Estão repletos de sabedoria, mas lhes falta o entendimento, o qual se resume na busca pela compreensão das coisas de Deus, no seu sentido mais profundo.

O dom do entendimento dá-nos a percepção espiritual necessária para entender as verdades da fé em consonância com as nossas necessidades. Sabedoria não é consequência do entendimento ou vice-versa; mas o perfeito complemento da sabedoria. Por serem distintamente preciosos, fazem com que nos aproximemos de Deus com todas as nossas forças, com toda a nossa devoção e inteligência.

Pe. Adilson: O Dom da sabedoria

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O Dom da sabedoria
Pe. Adilson Ulprist
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Abrir-se a ação do Espírito Santo é deixar-se envolver por seu amor e sabedoria

O dom da Sabedoria deve nos ajudar a viver uma vida sob a luz da Palavra de Deus e buscar a prática daquilo que O agrada, o amor.

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26) porque dele recebemos a capacidade de amar e de discernir entre o bem e o mal. No nosso Batismo recebemos o Espírito Santo, que nos liberta do pecado e, através dos seus dons, nos ajudam a viver segundo as leis do amor.

O Papa Francisco, em uma de suas audiências, nos disse: “Para viver o dom da sabedoria precisamos enxergar o mundo com os olhos de Deus”. De fato, o que precisamos entender é que a verdadeira sabedoria está em Deus e o verdadeiro sábio não é aquele que busca enriquecer sua vida com o conhecimento ou sabedoria acadêmica – embora eles sejam importantes e necessários -, mas, sim, aquele que busca, na Palavra de Deus, respostas e orientações para a sua vida. Devemos ir ao encontro da verdadeira sabedoria, como nos diz o livro do Eclesiástico: “Fonte da Sabedoria é a Palavra de Deus” (Eclo 1,5).

Pe. Adilson: Temor de Deus

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Temor de Deus
Pe. Adilson Ulprist
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Imagem: Rede Século 21
"Este dom, não significa ter medo de Deus: sabemos bem que Deus é Pai e que nos ama e quer a nossa salvação e sempre perdoa"

Continuando nossa reflexão sobre os dons do Espírito Santo, nesta edição chegamos à conclusão destes sete dons com o dom do Temor de Deus. Como já venho fazendo, gostaria de começar com uma citação do Papa Francisco: “Este dom, não significa ter medo de Deus: sabemos bem que Deus é Pai e que nos ama e quer a nossa salvação e sempre perdoa, sempre; por isso não há motivo para ter medo Dele! O temor de Deus, em vez disso, é o dom do Espírito que nos recorda quanto somos pequenos diante de Deus e do seu amor e que o nosso bem está em nos abandonarmos com humildade, com respeito e confiança em suas mãos”.

Assim, podemos afirmar que o temor de Deus nada mais é do: o abandono na bondade do nosso Pai que nos quer tanto bem. O livro dos Provérbios nos recorda isso, quando nos diz que “o temor do Senhor é o principio do saber…” (Prov 1,7). Até buscamos essa sabedoria, tentando compreender quem é Deus, que nos leva a ter esse temor, mas não como medo, e sim, como reverencia. Por isso Jesus nos adverte e convida-nos a nos fazer criança para que na sabedoria que vem de Deus e na confiança que temos nele, nos deixemos ser conduzidos por Ele.

Doze ensinamentos de S. Pedro Julião Eymard sobre a Eucaristia.

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Doze ensinamentos sobre a Eucaristia.
São Pedro Julião Eymard
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São Pedro escreveu uma grande obra sobre a Eucaristia; era devotíssimo de Jesus Sacramentado. Eis alguns de seus ensinamentos:

1 – Na Sagrada Hóstia Jesus não está escondido, mas apenas velado. Uma coisa escondida não se sabe onde está.
2 – Legiões de anjos adoram o Verbo reduzido a um estado tão próximo do nada.
3 – A Eucaristia, como bem supremo da vontade, faz com que a alma considere sem valor os bens e prazeres desta terra e as criaturas.
4 – Jesus está no Santíssimo Sacramento para receber dos homens as mesmas homenagens que lhe prestaram os que tiveram a felicidade de acercar-Lhe dele durante sua vida mortal.
5 – Jesus não considera a quantidade dos dons, mas o coração que os oferece.
6 – O amor não quer ser feliz sozinho. Todos os atributos de Deus estão à disposição do seu amor de benevolência para conosco na Eucaristia.
7 – Jesus quer permanecer conosco na Eucaristia porque nos salvou.
8 – Como é possível alcançar a santidade sem se entregar a Jesus na Eucaristia para ser absorvido por Ele?
9 – Jesus se entrega a mim na Eucaristia, e eu devo me entregar a Ele.
10 – Jesus cobre o mundo de Hóstia consagradas porque quer que todos os seus filhos o possuam.
11- Jesus Hóstia é muito nosso, todo nosso.
12- Jesus está na Eucaristia porque sabia que coisa alguma poderia substituir sua Pessoa.

Fonte: Canção Nova
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Pesquisado por: Paulo Lelis